Artigo, Não categorizado

Setembro amarelo: uma reflexão sobre a valorização da vida

Compartilhar
FacebookLinkedIn
Voltar

Setembro é conhecido, internacionalmente, como mês de combate ao suicídio, em virtude da campanha batizada de “setembro amarelo”, que teve sua origem nos Estados Unidos, após Mike Emme, de 17 anos, tirar a sua própria vida. Os amigos e familiares do jovem distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando situações adversas, e essa mensagem foi se espelhando mundo afora, levando reflexões sobre a importância da vida e da saúde mental.

 

Apesar do sucesso da campanha, os números de pessoas que tiram a própria vida seguem crescendo, e isso impõe uma seria reflexão sobre a ampliação dos esforços ativos para o combate à essa realidade tão triste. De acordo com dados da OMS, um suicídio acontece a cada 40 segundos, no mundo. A pesquisa, realizada no ano de 2016, evidenciou detalhes alarmantes, sendo o suicídio, atualmente, a segunda maior causa de jovens de 15 a 29 anos.

 

Dentre as maiores vítimas estão, ainda, os grupos que vivem em maior vulnerabilidade, tais como os refugiados, imigrantes, indígenas, a população LGBTQIA+ e as pessoas privadas de liberdade. Trata-se de um grave problema de saúde pública e a prevenção é essencial para mudar esse cenário.

 

No Brasil, a campanha do setembro amarelo se iniciou há alguns anos (em 2015), mas ainda se percebe uma carência de debate sobre as formas de enfrentamento do terrível problema do suicídio. Uma das principais formas de combate é ter a consciência de que os primeiros sinais de depressão e de tendência suicída apresentados pelas pessoas ao nosso redor não podem ser ignorados. Devemos tratar com prioridade e urgência o tratamento de pessoas que apresentem qualquer sinal de transtornos mentais, sejam eles decorrentes de uso de substâncias, dores crônicas e estresse emocional agudo.

 

Muitas vezes essas pessoas não se sentem a vontade de falar com familiares e amigos sobre as dificuldades que estão enfrentando. Por essa razão, é de se ressaltar a importância da criação do CVV – Centro de Valorização à Vida, uma associação civil sem fins lucrativos, que atente pelo número 188, que tem dado suporte, por meio de voluntários treinados, a todas as pessoas que entram em contato, tudo com o objetivo de evitar o mal maior.

 

Além disso, também é de grande relevância destacar que o SUS (Sistema Único de Saúde) também presta atendimento psicológico fornecido dos CAPS – Centro de Atenção Psicossocial por meio de corpo clínico especializado, também como forma de acolher aqueles que, por qualquer razão, não mais enxergam razão em viver.

 

Se você está lendo isso e precisa de um suporte, não hesite em procurar ajuda: falar é o melhor meio de enfrentamento do seu problema!

 

Por Damaris Cavalcanti, integrante do Serur +Diversidade

Relacionadas

Artigo

Possibilidades e limites da regulamentação administrativa da Lei de Licitações e Contratos

VICTOR AMORIM
Continue Lendo

Artigo

Aplicação da Súmula 410 do STJ no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis

BEATRIZ COELHO ADRIÃO
Continue Lendo

Artigo

Dignidade humana na vida pré-uterina e controle da liberdade sexual no PL 2524/2024 e no Novo Código Civil (PL 04/2025)

FELIPE VARELA CAON
Continue Lendo