No dia 29 de janeiro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Visibilidade Trans, uma data dedicada a reconhecer e dar destaque à diversidade e aos desafios enfrentados pela comunidade transgênera. Este dia representa uma oportunidade crucial para conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito à identidade de gênero e promover a inclusão e igualdade para todas as pessoas.
Neste contexto, é relevante mencionar um marco significativo ocorrido recentemente em Brasília. No último domingo, dia 28 de janeiro, a Esplanada dos Ministérios foi palco da primeira Marsha Trans da cidade. O evento histórico não apenas reflete a crescente conscientização referentes à transgeneridade, mas também destaca a importância de se criarem espaços para a expressão e a luta por direitos fundamentais.
Merece destaque que o nome da mobilização seja grafado com a letra S, uma vez que se pretende, com o trocadilho, homenagear Marsha P. Johnson, mulher transexual, negra, que lutou, junto a Silvia Rivera e outras figuras indispensáveis aos direitos da população LGBTQIA+, contra a discriminação da sociedade em que viviam e a truculência da polícia de Nova Iorque. Nos idos de 1969, Marsha P. Johnson envolveu-se no chamado levante de Stonewall, em que a ativista e outros membros da comunidade enfrentaram a polícia, em evento que veio a dar origem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+.
Contudo, ainda que a conscientização gerada por eventos como a Marsha Trans seja um passo fundamental para sensibilizar os indivíduos e os legisladores sobre a importância de criar um ambiente inclusivo e respeitoso para todos, reforçamos que a visibilidade trans não deve se limitar a um dia ou a um evento isolado, mas sim ser incorporada como uma prática constante na construção de uma sociedade mais inclusiva.
A diversidade de experiências e vivências merece ser respeitada e compreendida, contribuindo para a desconstrução de estigmas e preconceitos que ainda permeiam a coletividade. Além disso, é crucial que a luta pela igualdade de direitos da população trans seja respaldada por políticas públicas efetivas, garantindo acesso à educação, saúde, emprego e segurança.